1. O fim da marginalização dos indígenas locais, descendentes dos maias;
2. A extinção do NAFTA, o tratado de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá, visto por eles como exemplo de submissão ao poder americano;
3. Combater a corrupção na política local. "Pela primeira vez na história, a luta armada não foi empregada para derrubar o sistema, mas para exigir a inclusão nele. Os zapatistas queriam a abertura do diálogo e o reconhecimento dos índios na discussão do sistema democrático", diz o cientista político Héctor Luis Saint-Pierre, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A ação durou pouco: pressionados pelo exército mexicano, os zapatistas deixaram as cidades horas depois. Alguns guerrilheiros foram presos ou processados, mas ninguém morreu. "A guerrilha nunca mais disparou uma bala. Mas ela se manteve em evidência por usar muito bem a internet e a televisão para divulgar manifestos e cobrar o governo", afirma o historiador Guilherme Gitahy de Figueiredo, da Universidade Estadual do Amazonas. Hoje, o movimento é uma importante força política no México - seus representantes já foram recebidos até pelo presidente do país. O principal líder é o encapuzado subcomandante Marcos.
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